Palo Mayombe

 

HISTORIA

O Palo Monte é oriundo dos povos Bantús, chamados Congos, estes procedem da parte sudeste de África, uma das regiões mais extensas do continente africano. Esta Regra foi o resultado da transculturação dos credos bantús, em ela existiram distintos grupos étnicos com diferentes graus de evolução e níveis culturais. Pelo ano 1700 saíram de África grupos de tribos Nganga e  chegaram a Cuba com o Lucumi, com o Abakua, com o Arara, com o Palo Monte Mayombe,  Briyumba ou Brillumba, Malongo, Kimbisa.

 

Estas Regras em África eram  e são puras, mas em  Cuba com a iniciação do crioulo surgiram outras variantes e se cruzaram e nasceu a Kimbiza que significa Cruzado é certo que daí nasceu o Palo Monte Mayombe Kimbiza. Do kimbiza é a forma misturada de praticar a religião, ao que se chama Palo Cruzado, que rapidamente se estendeu e superou as outras, e assim se formou o arroz com manga pois na nossa crença de Palo hoje em dia há muitíssimas Casas e Linhagens com diferentes trajectórias e sistemas de crenças, assim que a Regra Kimbisa é a mais influenciada por todos os sistemas da crença encontrados em Cuba. O sistema de Kimbisa incorpora em sua fundação as práticas de Palo Monte junto com, crença do Espiritualismo, do cristianismo, de Abakua, de Lukumi, Yoruba e outras muitas mais. 

 

Como passou isto? pois os lukumises, Yorubas eram muito esquecidos mas não os paleros e pois os sistemas de Kimbisa, de Briyumba e de Malongo em parte se derivam da rama de Mayombe da Cultura Bantú que possui um carácter definido e forte que eram de origem Congo e com os seus fortes rasgos dominaram o resto dos grupos étnicos que eram Mondongo, Bisongo, Timbiseros, Mandingas, etc.  trazidos do que são os actuais estados de Zaire, Congo, Angola e Moçambique. Assim que ninguém conservou a pureza da sua origem e, sem embaraço, o kimbisero uso e usa todo o seu alcance para Vencer superando todos os obstáculos e estando aqui ainda presente. Estas Ramas e Casas de Palo compartem rituais fundamentais e práticas, mas todas são diferentes e trabalham diferentes e se regulam diferentes. A modo de esta ilustração aqui.

 

 

UM PASSAGEM DA HISTORIA

Havia uma vez um Congole muito teimoso que sua Nganga lhe disse que não devia ir passear no rio, mas como ele era muito teimoso não lhe fez caso e foi e sucedeu que chegaram os espanhóis com os seus barcos negreiros procurando e caçando negros para converter-lhos em escravos e ali estava o pobrezinho ngangulero e o qual foi caçado por desobediente e não fazer caso a sua Nganga, assim que foi levado para Cuba e ali o escravizaram, e davam muito mau tratar – supondo que no barco venham diferentes tribos entre eles o lucumi também – bom para continuar a historia o pobre ngangulero estava deitado na sua esteira e na sua cabana triste e só e recordando a sua família e recordou a sua Prenda e começou a marcar no chão com o seu dedo a firma de sua Nganga e cantava:  

 

" Río Bakua... Río un Guapo se Va...

Eh Bakua Río... Río un Guapo Se va..."

Então começou a sentir algo que vinha cruzando o céu, cruzando o mar, cruzando a agua com força e poder e se aproximava de ele e continuava cantado e estranhado a sua família e a sua Prenda mas continuava cantando; 

 

" Río Bakua... Río un Guapo sen Va...

Eh Bakua Río... Río un Guapo Sen va..."

 

E então sentiu chegar a presença de seu mortos, dos seus defuntos de sua Nganga e já sabia que não estava sozinho que sua Prenda cruzou o mar e esta com ele e então continuo cantando mas com mais força; 

 

" Eh Río Bakua!... Río un Guapo sen Va!...

Eh Bakua Río!...Y Ta'mue' Yangue!..

Eh Bakua Rió!... Río un Guapo Sen va...

Eh Bakua Río!...Y También Yangue!... e, e, e

Carajo Y Tambuen Yangue! "  

 

Assim que ele Congole tomou o machado e cortou a cabeça do maioral, pois a primeira regra do Congo é a liberdade e se algo palo Monte e se levantou o  Primeiro Cabildo dos Congos Reais em Cuba que todavia estava em pé, mas não passou o mesmo com o lucumi que manteve-se escravizado pois é uma religião mais submissa e há quem acredite que o Palo é parte da Santeria quando são duas religiões totalmente diferentes, mas com o arroz com manga que se formou paleros-santeros, santeros-paleros e demais e desafortunadamente, muitas pessoas novas e paleros não estão conscientes de isto ou não conhecem as diferentes Ramas e divisões que existem em nossa Regra Religiosa de Palo que se têm estendido por todo o mundo; Mas o mais importante é que todo o mundo esta feliz com a pratica de esta Regra.

 

EM RESUMO

Como resultado de estes Cruzamentos e Misturas, poucas Casas  de Palo  hoje em sua existência que podem ensinar e dar o ensinamento completo. Assim que durante estes últimos 30 anos a Regra Kimbiza Sagrada Sarabanda começou de novo a fazer o seu ensinamento a todos os disponíveis a todos os interessados nesta Religião.  Nosso Cabildo iniciou milhares de pessoas e a sua missão principal é ajudar a quem o necessite e ao estudo de esta religião com a finalidade de ajudar e estabelecer pela primeira vez, uma literatura que serve ao ensinamento da mesma, que aporte e que marque a diferença. É a meta de nosso sacerdócio unificar a família e ensinar a todos esses que queiram aprender. Para os que escutam e prestam atenço as suas mentes se abriram, e a sua viajem até a uma vida melhor começará.

 

O QUE É O PALO?

Palo Monte Mayombe Kimbisa, Palo, Palo Monte, Regras de Kongo ou Congo. O Que é o Palo? Palo Mayombe, usualmente referida ou chamada simplesmente como “Palo,” é uma das religiões africanas que emigrou e se expandiu. Como a Santeria e o Candomblé, mistura da religião Xamãnica africana com os elementos do espiritismo, da magia e do catolicismo. Sua origem está na religião África do Congo. Foi trazido pelo escravos.

Há uma diferença importante entre Palo e outras religiões “sincronizadas”. Mesmo que a Santeria, Candomblé, etc., se sincronizam com o Catolicismo para proteger os seus praticantes escravizados contra a perseguição, a Regra de Palo que é sincronizada Kimbisa, era sincronizada em África, quando o cristianismo foi introduzido pelos exploradores espanhóis. "Palo" simplesmente significa, “Árvores.” A religião de Palo se descende da crença africana antiga, em o qual o mundo é habitado por espíritos, e o nome se refere as árvores sagrados em os quais os espíritos habitam. O número de crentes e praticantes é desconhecido. O Palo se pratica mundialmente mas principal em Cuba, no Brasil, e nos Estados Unidos. Há varias casas principais do palo, cada um com as suas próprias ramas. As mais conhecidas são: Brillumba, Mayombe, e Kimbisa.

 

O Clero: Um sacerdote iniciado é chamado por Palero ou Palera se for mulher, especialistas ensinados na magia e na adivinhação.  O Palero (a) também se chama “Tata” (Papa) o “Yaya” (Mama).

 

Os Requisitos para ser membros:. A pessoa se converte em Nguey o filho (a) Nkisi, pela iniciação, mas antes de admitir, se faz uma consulta espiritual para determinar-se se é aceite pelos espíritos. Então, ele ou ela experimenta, passar por uma cerimonia chamada nkimba “raspagem”, Ensinamentos adicionais se requer para converter-se em um Tata ou Yaya e para possuir uma Nganga.
 

Igreja/templo: O templo consagrado de um Palero (a) se chama um Munanso, ou casa. Somente um Palero completo iniciado (a) e em possessão de uma Prenda pode abrir um Munanso.

 

Escrituras: Nenhuma. A maioria das tradições de Palo são orais e passadas de professor ao iniciado. Hoje em dia muitos tatas decidiram escrever livros para passar o conhecimento para a posteridade, assim que cada mestre tem o seu próprio livro e estes são imprescindíveis.

 

Ensinamentos e crenças básicas:

Se trabalha nas casas de Palo ao redor de uma hierarquia de espíritos, chamados Kimpungulo, Mpungos, Nkita, Nkisi. Espíritos elementares de uma natureza que habitam nas  árvores, na agua, etc. os espíritos ancestrais poderosos que se relacionam com os Orishas da Santeria. Muita das práticas de Palo se centra ao redor de canalizar o poder de estes espíritos para os propósitos temporais e espirituais. Isto se consegue com sacrifícios e oferendas, e na prática da magia. A ferramenta central de adoração de Palo é A Prenda, ou Nganga. A Prenda é um caldeirão consagrado do ferro, que contem o Guia do iniciado. A Prenda se enche de uma variedade de coisas que facilitam a comunicação com os espíritos: ossos, terra para os espíritos dos mortos; as árvores e as ervas sagradas, etc. coisas que alguns assumiram que são elementos da “obscuridade” ou do mal, são de facto elementos de práticas xamânicas muito antigas.

Os espíritos de Palo se comunicam com a prática do espiritismo, ou a mediunidade e com a adivinhação. Todos estes métodos são aprendidos pelos iniciados.

 

Hierarquia espiritual no Palo:

     • Nsambi – A Divindade suprema, O Criador, o Deus que rege e governa sobre todos os seres de este universo. 
     • Nkitas - Espíritos elementares das árvores, dos rios, do ar, etc.
     • Mfumbe ( Mortos) - fantasmas, espíritos dos mortos; antepassados
     • Eggun - Espíritos ancestrais de grande poder.
     • Mpungos – Forças, que são equivalentes aos Orishas da Santeria ou ao Loas do Vodou; e compartem muitos os nomes e características. Estes também se referem como “Nkisi.”  

 

Alguns Mpungos de Palo e a sua Associação:

Lucero, mensageiro de Deus e o guarda dos caminhos. Como Legba de Vodoun e Eleggua da Santeria, ele é um enganador e tem um feitio infantil e impetuoso.
Centella, Governa nos cemitérios, ventos, e no mercado. A associação a Oya da Santeria e a Maman Brigitte do Vodoou.
Zarabanda, Nikisi do ferro, do sangue, da guerra, e da vingança divina. Ele é equivalente a Ogun da Santeria e do Vodoou.
Sete Raios, tem domínio sobre o relâmpago e o fogo. Ele é a personificação da justiça, da paixão e da inspiração e se relaciona com Changó.
Mãe Agua, Governa o oceano, maternidade, a criatividade. A relação com Yemaya/ Iemoja.
Mama Chola, Governa os rios, o amor, e a beleza. A relação com Erzulie e com Oshun.
Tiembla Terra, criador da terra e da humanidade, rege o universo. O relacionam com Oludumare da Santeria.
 

 

Chave de conduta: O sistema ético de Palo é algo único. Se cre que haja duas forças no universo, e que os desequilíbrios nestas forças dão lugar as injustiças, a desgraça, etc. Os praticantes, usam os espíritos para ajustar estas forças naturais; as vezes para o amor ou o dinheiro, para a sabedoria ou curar, ou vingar-se dos inimigos e outras muitas cosias.